A mulher expatriada e suas facetas...

Bom como nem tudo sao flores, abordarei hoje um tema que estava bastante resistente em escrever mas acho que é importante abordar, a mulher expatriada.
Vivemos a experiencia da expatriacao por muitos motivos, cada família tem os seus, cada pessoa vive de uma maneira, mas uma coisa é quase unanime, o stress vivido para adaptar-se.
Quando falamos em mulher expatriada, me refiro aqui a mulher, a esposa, a que acompanha...que emigra, que sai do seu ambiente, da sua cultura para acompanhar o Marido, o par.
Sem dúvida a familia expatriada tem muitos benefícios agregados, porém as migracoes trazem consigo uma enorme carga de estresse e luto. Entende-se estresse como uma resposta adaptativa quando o individuo se reconhece em uma situacao de risco e o luto vem a ser um sentimento, ou um processo de reoganizacao quando um individuo perde algo significativo.
Vale ressaltar que existem muitos graus de estresse e dor, ja foi citado na literatura, quadros graves, denominado sindrome de Ulisses( vindo da mitologia), sao descritos 6 grandes perdas:A familia e seus entes queridos,o idioma,a cultura,o espaco conhecido, o status social e contato com grupo entre iguais.nao se deve subestimar cada perda, porque em geral há um grande esforco em controlar as variaveis no processo da adptacao.Existe uma realidade bastante contraditória porque em geral os beneficios agregados podem ser mensurados mas as perdas, as dores nao...Existe a cobranca de quem nunca viveu uma experiencia como essa, com perguntas desapropriadas como:

O que essa mulher pode sentir falta?

...

E vc nao trabalha?

Bom o importante é que as pessoas envolvidas neste processo, reflitam , elaborem esses sentimentos e busquem resolver e aceitar seus novos papéis, sabendo que o seu grande legado é fazer que essa familia seja estavel e feliz. Eu so acredito que um projeto de expatriacao de certo ou progresse quando há a aceitacao da mulher.
E viva a mulher expatriada!