segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A busca da felicidade

É muito gratificante o carinho, os comentarios e a repercussao do blog aqui em Buenos Aires, cada dia vem uma amiga me falando que leu algo no blog que de alguma maneira a tocou, ou fez enxergar alguma semelhanca, seja um post de curiosidade, dicas, experiencias, moda etc...
Hoje eu recebi um texto muito legal de uma "expat"
mas antes resolvi escrever um pouco...resolvi falar que em tempos modernos com a velocidade que a informacao circula, o modo que as pessoas escolhem para comunicar-se, enfim muita coisa mudou e alguns conceitos precisam ser revistos.A busca da felicidade, parece está presente em todos, em qualquer lugar do planeta, expatriado ou nao.
Recentemente esteve em Buenos Aires , o lider religioso Dalai Lama, é uma pessoa que fala, ecreve e prega com muita sabedoria o tema...Fazendo todas as ressalvas que se deve quanto a forma de ser e viver da sua santidade, nós ocidentais, podemos tirar muito proveito de seus ensinamentos e buscar refletir sob esta busca.
foi falado sobre a paz espiritual, emocional, a busca da felicidade nao pode esta atrelada a bens materiais e como é dificil nesse mundo capitalista nos abster dos bens de consumo, eu poderia escrever nao posts mas capitulos de tudo que acredito e que tenho lido com relacao ao tema, mas resolvi compartilhar simplesmente o texto que recebi da minha amiga Zabe.

"Oi Michelly…

Recebi este texto hoje e adorei, quem sabe voce nao fale um pouco sobre a busca da felicidade “um conceito abstrato e que se tornou muito irreal no dias de hoje” acho que nos perdemos achando que “todos os dias tem que acontecer algo fabuloso para poder-mos ser felizes, ou ter-mos determinadas coisas, ou se isso, ou se aquilo, etc... , na verdade a vida e uma grande rotina, acho que por isso artistas, celebridades e uma grande maioria dos seres humanos se envolvem com drogas, vicios etc, ja que nesta era de tanta futilidade do ter, do aparecer, faz com que nao suportemos a vida simplesmente como ela eh, “simples e rutinaria”, mas eu tenho me perguntado muito sobre essa tal felicidade... como no texto venho tentando ser feliz em doses homeopatica a bastante tempo alternando momentos dificies e outros de muita alegria e verdadeira felicidade, sem deixar que os dificies obscuresca os bons Tambem adoro minha propria companhia kakkak... pode ate parecer um pouco prepotente e egoista, mas nao, aprendi que posso conviver comigo por periodos ate longos em um estado de paz e tranquilidade e gosto disso, porem nao abro mao do convivio com as pessoas que gosto e estimo, elas sao essenciais para me manter em equilibrio e nao me deixar cair na rede de ser um “ser antisocial e solitario”. O que gosto eh que ja nao sinto essa nescesidade que gerava ansiedade de encontrar algo que na verdade nao sabia o que era, ja que se tratata de algo subjetivo, hoje no meu conceito de felicidadade ja pesa menos as questoes dos querer, dos ter e dos porques... e mais os de ser, estar e permacer em este estado sem deixar que as coisas sem muita importancia me afete em demasia.

Bjs e boa semana...

em seguida vem o texto a ser compartilhado

Minimamente Feliz

A felicidade é a soma das pequenas felicidades. Li essa frase num outdoor em Paris e soube, naquele momento, que meu conceito de felicidade tinha acabado de mudar. Eu já suspeitava que a felicidade com letras maiúsculas não existia, mas dava a ela o benefício da dúvida.

Afinal, desde que nos entendemos por gente aprendemos a sonhar com essa felicidade no superlativo. Mas ali, vendo aquele outdoor estrategicamente colocado no meio do meu caminho (que de certa forma coincidia com o meio da minha trajetória de vida), tive certeza de
que a felicidade, ao contrário do que nos ensinaram os contos de fadas e os filmes de Hollywood, não é um estado mágico e duradouro.

Na vida real, o que existe é uma felicidade homeopática, distribuída em conta-gotas. Um pôr-de-sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café recém-coado, um livro que a gente não consegue fechar, um homem que nos faz sonhar, uma amiga que nos faz rir. São situações e momentos que vamos empilhando com o cuidado e a delicadeza que merecem alegrias de pequeno e médio porte e até grandes (ainda que fugazes) alegrias.

'Eu contabilizo tudo de bom que me aparece', sou adepta da felicidade homeopática. 'Se o zíper daquele vestido que eu adoro volta a fechar (ufa!) ou se pego um congestionamento muito menor do que eu
esperava, tenho consciência de que são momentos de felicidade e vivo cada segundo.

Alguns crescem esperando a felicidade com maiúsculas e na primeira pessoa do plural: 'Eu me imaginava sempre com um homem lindo do lado, dizendo que me amava e me levando pra lugares mágicos Agora, se descobre que dá pra ser feliz no singular:
'Quando estou na estrada dirigindo e ouvindo as músicas que eu amo, é um momento de pura felicidade. Olho a paisagem, canto, sinto um bem-estar indescritível'.
Uma empresária que conheci recentemente me contou que estava falando e rindo sozinha quando o marido chegou em casa. Assustado , ele perguntou com quem ela estava conversando: 'Comigo mesma', respondeu. 'Adoro conversar com pessoas inteligentes'.

Criada para viver grandes momentos, grandes amores e aquela felicidade dos filmes, a empresária trocou os roteiros fantasiosos por prazeres mais simples e aprendeu duas lições básicas: que podemos viver momentos ótimos mesmo não estando acompanhadas e que não tem sentido esperar até que um fato mágico nos faça felizes.

Esperar para ser feliz, aliás, é um esporte que abandonei há tempos. E faz parte da minha 'dieta de felicidade' o uso moderadíssimo da palavra 'quando'.
Aquela história de 'quando eu ganhar na Mega Sena', 'quando eu me casar', 'quando tiver filhos', 'quando meus filhos crescerem', 'quando eu tiver um emprego fabuloso' ou 'quando encontrar um homem que me mereça', tudo isso serve apenas para nos distrair e nos fazer esquecer da felicidade de hoje. Esperar o príncipe encantado, por exemplo, tem coisa mais sem sentido? Mesmo porque quase sempre os súditos são mais interessantes do que os príncipes; ou você acha que a Camilla Parker-Bowles está mais bem servida do que a Victoria Beckham?
Como tantos já disseram tantas vezes, aproveitem o momento, amigos. E quem for ruim de contas recorra à calculadora para ir somando as pequenas felicidades.

Podem até dizer que nos falta ambição, que essa soma de pequenas
alegrias é uma operação matemática muito modesta para os nossos tempos. Que digam.

Melhor ser minimamente feliz várias vezes por dia do que viver eternamente em compasso de espera.
(Desconheço a autoria)

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